ÊH MEU POVO!
ASSISTAM O VÍDEO E CONHEÇAM A HISTÓRIA DO CORDEL!
terça-feira, 24 de dezembro de 2013
quinta-feira, 19 de dezembro de 2013
Versos de Natal
ÊH MEU POVO! Vai aí uns versinhos de cordel do meu amigo cordelista Edmilson Santini pra dar um feliz Natal pra vocês!
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
Quem foi o Padim Ciço?
ÊH MEU POVO!
VEJAM O VÍDEO QUE FIZ PRA HOMENAGEAR O MEU SANTO PADIM PADI CIÇO!
O CORDEL É DA MINHA AMIGA CORDELISTA MARIA DO ROSÁRIO LUSTOSA E SE CHAMA: "PADRE CÍCERO...E QUEM É ELE?"
ASSISTAM!
VEJAM O VÍDEO QUE FIZ PRA HOMENAGEAR O MEU SANTO PADIM PADI CIÇO!
O CORDEL É DA MINHA AMIGA CORDELISTA MARIA DO ROSÁRIO LUSTOSA E SE CHAMA: "PADRE CÍCERO...E QUEM É ELE?"
ASSISTAM!
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domingo, 1 de dezembro de 2013
O Cordel nos tempos de hoje!
ÊH MEU POVO! O CORDEL NA INTERNET É UM FENÔMENO TÃO FENOMENAL QUE ESTÁ SENDO ESTUDADO! CLICA NO LINK ABAIXO E LEIA O ESTUDO QUE UMA MOÇA CHAMADA KATJA PRISCILA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA - PT FEZ!
O Cordel na Contemporaneidade
O Cordel na Contemporaneidade
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
Manzape o bolo de mandioca/aipim do Nordeste
Êh meu povo! Eu sou doidinha por Manzape o bolo de mandioca/aipim/macaxeira, lá do meu Nordeste.
Espiem que a cordelista Dalinha Catunda escreveu no seu blog Cantinho da Dalinha um cordel em homenagem ao bolo e também a receita! Meu povo, pensa num negócio gostoso, pois é esse bolo aí. Em cima ele fica uma massinha macia e embaixo uma coisa gelatinosa mas firme (como um pudim durinho) e além de tudo é cheiroso, o danado!
Hummm...êita que as minhas lumbrigas tão tudo saracoteando aqui na minha barriga!
Veja os versos da cordelista Dalinha Catunda sobre essa delícia e também a receita!
BOLO MANZAPE
Manzape bolo gostoso
Que eu comprava nas feiras
Cansei de comer tal bolo
Nas bancas das Ipueiras
Palma e bolacha fogosa
Vendiam as cafezeiras.
*
É feito com massa puba
Esse bolo diferente,
E com mel de rapadura
Sendo o mel ainda quente,
Também leva cravo e coco
O gosto é surpreendente.
*
Depois do bolo batido
Como manda a tradição
Na folha da bananeira
Bota-se boa porção
E no forno é colocado
Para finalização.
*
COMO FAZER A PUBA?
Puba: massa de macaxeira, (mandioca, aipim) fermentada. A raiz bem lavada, descascada ou não, fica oito dias de molho até se desmanchar. Depois é passada e lavada na peneira, para tirar as fibras e se tiver, as cascas. Depois da massa assentada, bota-se num pano de saco para acabar de escorrer e ir secando aos poucos. No saco a massa vira uma bola.
COMO FAZER O MANZAPE?
Desmancha-se o bolão de puba, escalda-se com o mel de rapadura quente, põe o coco e depois é só temperar com cravo e canela. Em seguida abre-se a massa sobre a folha da bananeira, embrulha a mesma e põe no forno, e preferência no forno de lenha.
Texto de Dalinha Catunda
Foto de veronnicamiranda.com.br
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sábado, 16 de novembro de 2013
Cordel de Filó
domingo, 10 de novembro de 2013
Homenagem ao Padre Rodolfo Komorek
Êh meu povo! Vejam a homenagem que fiz ao "Padre Santo" de São José dos Campos, o Venerável Padre Rodolfo Komorek. Espiem que já tem mais de 12 mil graças alcançadas por gente que rezou e fez promessa pra ele! O povo lá do Vaticano tá estudando a papelada pra botar pra frente a beatificação ação. Pro povo ele já é santo!
Saibam mais um bocadinho sobre ele:
Saibam mais um bocadinho sobre ele:
Conhecido como o "Padre Santo", Padre Rodolfo Komorek foi um sacerdote Salesiano nascido em 11 de Outubro de 1890 em Bielsko na Polônia extraordináriamente dedicado ao sacerdócio viajou o mundo em missões e viveu no Brasil, onde morreu, na cidade de São José do Campos em 11 de Dezembro de 1949 vítima da Tuberculose no Sanatório Vicentina Aranha. Há na cidade um Relicário dedicado a memória dele. Quem quiser visitar, o endereço é: Rua Padre Rodolfo, nº28, Vila Ema. O quarto onde ele viveu seus últimos dias no antigo Sanatório também está aberto a visitação e fica no Parque Vicentina Aranha, Rua Engenheiro Prudente Meirelles de Moraes,302, Vila Adyana.
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
7 ANOS DE LEI MARIA DA PENHA
ÊH MEU POVO!
A Lei que bota os cabra safado que gosta de descer a peia nas muié com as orelhas de molho, completou 7 anos esse ano. Pra comemorar eu fiz um vídeo contando um "verso", ou melhor, "Cordel" da minha amiga Cordelista Maria do Rosário Lustosa. Assistam! Vocês vão ficar abismados com a história! Beijokas cordeladas!
A Lei que bota os cabra safado que gosta de descer a peia nas muié com as orelhas de molho, completou 7 anos esse ano. Pra comemorar eu fiz um vídeo contando um "verso", ou melhor, "Cordel" da minha amiga Cordelista Maria do Rosário Lustosa. Assistam! Vocês vão ficar abismados com a história! Beijokas cordeladas!
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Homenagem ao grande Luiz Gonzaga
ÊH MEU POVO! Se o Velho Lua tivesse vivo, teria feito cento e um anos de idade esse ano. Como o povo tem a mania de comemorar o aniversário de cem anos de gente importante que já finou-se, eu fiz minha homenagem pra Gonzagão. Espiem o vídeo que eu fiz! Esse aqui e/ou o outro com fotos e música na página "vídeos".
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CORDEL DE NATAL
Ochente, como o ano passou depressa meu povo! O Natal já tá chegando aí, o povo todo já tá emperequetando as casas (aquele carnaval danado!rsrs) e quem quiser encher a pança de Panettone até o rabo ficar erguido já pode, porque os mercado já tão tudo cheio dos bolo véio de caixa!
Então posto aqui um cordel de natal e o vídeo que fiz contando ele! Beijocas cordeladas!
por: Urbano Marino
Três reis lá do Oriente
Iam cortando deserto
A estrela de Belém
Ia ficando mais perto
Iam olhando pro céu
Pra não perder o trajeto
E por só olhar pro céu
Nunca olharem de lado
Não prestaram atenção
Num sujeito disfarçado
Na penumbra escondido
Vinha, também, o diabo
O cão-coxo ia calmo
Com objetivo traçado
Da mãe tomar o menino
Educar mal educado
E do Criador vingar-se
Por ter sido enxotado
Pois lá na cabeça dele
Ter caído lá do céu
Fora imenso vexame
Aquilo não foi papel!
E roubar Jesus menino
Era um mamão com mel
Já bem perto do presépio
Num morrinho agachado
Lúcifer muito esperto
Esperava conformado
A visita dos padrinhos
Num prosear animado
De lá do esconderijo
Calmamente vigiou
Viu de lá brilhar o ouro
Com a mirra enjoou
E na hora do incenso
As ventas Demo tapou
Após muio esperar
A campana compensou
Os reis se foram embora
São José se ausentou
“Deve ter ido no mato.”
Demo, sorrindo, pensou
“Agora é ser ligeiro
Entrar na estrebaria
Engazopar a mulher
Nos braços pegar a cria
Fugir depois pro inferno
Onde tenho primazia!”
Muito besta foi o Demo
Em subestimar Maria
Pois, qualquer mãe que se preze
Para proteger a cria
Está sempre em alerta
Seja noite, seja dia
Maria amamentava
Palmas lá fora ouviu
Na manjedoura deitou
O menino que dormiu
Quando veio atender
Segurou um assobio
Sorrindo, bem amanhado
Com um presente na mão
A cabeça coroada
Fivela no cinturão
Vinha ele travestido
De rei d’alguma nação
“Boa tarde, o que deseja?”
Mãe Rainha perguntou
“Perdão, cheguei atrasado.”
O falso rei explicou
“Faço também, este mimo
Ao menino que chegou!”
“Sou demais agradecida
Pela consideração
Mas para entrar aqui
Só com autorização
De José, o meu esposo,
Que já foi ganhar o pão
Nos visite outro dia
Em outra ocasião
Teremos muito prazer
Com sua visitação
Agora me dê licença
Pois vou pra arrumação.”
Por ser sujeito tinhoso
Dianho não desistiu
Fantasia e presente
Foram jogados no rio
Enquanto ele cismava
Buscando outro ardil
Arrumação pra Maria
Era limpar o lugar
Que ela interrompia
Pra do menino cuidar
Tava trocando cueiros
Quando viu alguém entrar
Mal pôde conter o riso
Frente tal aparição
Com peninhas de galinha
Grudadas em seu gibão
Na fantasia de anjo
Assim proclamou o cão:
“Não temais frágil mulher
Sua missão é cumprida,
De agora em diante
A criança é requerida
É uma ordem divina
Não deve ser discutida!”
A mãe então, descobriu
Toda aquela patacoada
Agarrou-se ao menino
E chamou a bicharada:
“Valei-me filhos de Deus!
Já matei a charada,
O canalha Belzebu
Que só semeia desgraça
Quer me roubar Jesus
E dar fim à nossa raça
Na guerra contra o mau
Todos agora são praça!”
O galo obediente
Cantou como general
E pra dar um bom exemplo
Foi logo sentando pau
O capeta acuado
Tentou fugir do curral
Mas aí já era tarde
A vaca o atropelou
O bode deu cabeçada
O carneiro imitou
Diabo piscou um olho
Jumento escoiceou
Veio gato do deserto
Unhou a cara do cão
Um cachorro vira-lata
Fez aquele barulhão
Mas na hora de morder
Foi para trás dum mourão
O malho parou num repente
A bicharada cansou
Roto e estropiado
Belzebu se levantou
A vaca deu um suspiro
De novo atropelou
O galo foi pro puleiro
Pois cumpriu sua missão
Gato ia ocupado
Em limpar a própria mão
O burro, mesmo cansado
Pisava sem compaixão
Maria aproximou-se
Mandou párar a função
Pisando-lhe a cabeça
Ordenou sem mansidão
“Vá de retro Satanás
E não torne aqui mais, não!”
Trinta anos mais um pouco
Só pra recuperação
O diabo ficou velho
E Jesus um rapagão
Reencontro no deserto
No dia da tentação
O diabo com dinheiro
Jesus cheio de razão
Passearam pelo mundo
Tudo isso em visão...
Isso é outra história
Pra outra ocasião!
Então posto aqui um cordel de natal e o vídeo que fiz contando ele! Beijocas cordeladas!
O QUARTO REI MAGO
por: Urbano Marino
Três reis lá do Oriente
Iam cortando deserto
A estrela de Belém
Ia ficando mais perto
Iam olhando pro céu
Pra não perder o trajeto
E por só olhar pro céu
Nunca olharem de lado
Não prestaram atenção
Num sujeito disfarçado
Na penumbra escondido
Vinha, também, o diabo
O cão-coxo ia calmo
Com objetivo traçado
Da mãe tomar o menino
Educar mal educado
E do Criador vingar-se
Por ter sido enxotado
Pois lá na cabeça dele
Ter caído lá do céu
Fora imenso vexame
Aquilo não foi papel!
E roubar Jesus menino
Era um mamão com mel
Já bem perto do presépio
Num morrinho agachado
Lúcifer muito esperto
Esperava conformado
A visita dos padrinhos
Num prosear animado
De lá do esconderijo
Calmamente vigiou
Viu de lá brilhar o ouro
Com a mirra enjoou
E na hora do incenso
As ventas Demo tapou
Após muio esperar
A campana compensou
Os reis se foram embora
São José se ausentou
“Deve ter ido no mato.”
Demo, sorrindo, pensou
“Agora é ser ligeiro
Entrar na estrebaria
Engazopar a mulher
Nos braços pegar a cria
Fugir depois pro inferno
Onde tenho primazia!”
Muito besta foi o Demo
Em subestimar Maria
Pois, qualquer mãe que se preze
Para proteger a cria
Está sempre em alerta
Seja noite, seja dia
Maria amamentava
Palmas lá fora ouviu
Na manjedoura deitou
O menino que dormiu
Quando veio atender
Segurou um assobio
Sorrindo, bem amanhado
Com um presente na mão
A cabeça coroada
Fivela no cinturão
Vinha ele travestido
De rei d’alguma nação
“Boa tarde, o que deseja?”
Mãe Rainha perguntou
“Perdão, cheguei atrasado.”
O falso rei explicou
“Faço também, este mimo
Ao menino que chegou!”
“Sou demais agradecida
Pela consideração
Mas para entrar aqui
Só com autorização
De José, o meu esposo,
Que já foi ganhar o pão
Nos visite outro dia
Em outra ocasião
Teremos muito prazer
Com sua visitação
Agora me dê licença
Pois vou pra arrumação.”
Por ser sujeito tinhoso
Dianho não desistiu
Fantasia e presente
Foram jogados no rio
Enquanto ele cismava
Buscando outro ardil
Arrumação pra Maria
Era limpar o lugar
Que ela interrompia
Pra do menino cuidar
Tava trocando cueiros
Quando viu alguém entrar
Mal pôde conter o riso
Frente tal aparição
Com peninhas de galinha
Grudadas em seu gibão
Na fantasia de anjo
Assim proclamou o cão:
“Não temais frágil mulher
Sua missão é cumprida,
De agora em diante
A criança é requerida
É uma ordem divina
Não deve ser discutida!”
A mãe então, descobriu
Toda aquela patacoada
Agarrou-se ao menino
E chamou a bicharada:
“Valei-me filhos de Deus!
Já matei a charada,
O canalha Belzebu
Que só semeia desgraça
Quer me roubar Jesus
E dar fim à nossa raça
Na guerra contra o mau
Todos agora são praça!”
O galo obediente
Cantou como general
E pra dar um bom exemplo
Foi logo sentando pau
O capeta acuado
Tentou fugir do curral
Mas aí já era tarde
A vaca o atropelou
O bode deu cabeçada
O carneiro imitou
Diabo piscou um olho
Jumento escoiceou
Veio gato do deserto
Unhou a cara do cão
Um cachorro vira-lata
Fez aquele barulhão
Mas na hora de morder
Foi para trás dum mourão
O malho parou num repente
A bicharada cansou
Roto e estropiado
Belzebu se levantou
A vaca deu um suspiro
De novo atropelou
O galo foi pro puleiro
Pois cumpriu sua missão
Gato ia ocupado
Em limpar a própria mão
O burro, mesmo cansado
Pisava sem compaixão
Maria aproximou-se
Mandou párar a função
Pisando-lhe a cabeça
Ordenou sem mansidão
“Vá de retro Satanás
E não torne aqui mais, não!”
Trinta anos mais um pouco
Só pra recuperação
O diabo ficou velho
E Jesus um rapagão
Reencontro no deserto
No dia da tentação
O diabo com dinheiro
Jesus cheio de razão
Passearam pelo mundo
Tudo isso em visão...
Isso é outra história
Pra outra ocasião!
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A História de um cabra danado!
ÊH MEU POVO! Leiam esse Cordel e conheçam um pouco da história de um cabra danado nascido no Crato - CE !
por: Urbano Marino
Vou contar devagarinho
E dum jeito rebuscado
A história dum menino
Que tava desenganado
Com uma vela na mão
Já cama arriado
O povo na vizinhança
Tinha desacorçoado
Um padre de Juazeiro
Que é cidade ao lado
A alma do pobrezinho
Tinha já encomendado
Era quase sol a pino
De onze horas passava
Moscas sobre o menino
Carcará sobrevoava
Tentando sentir o cheiro
Que ainda não exalava
No leito jaz o menino
Olho era só remela
O tempo se foi passando
Fogo comendo a vela
O breu lhe queimou a palma
A cera no couro péla
Com a dor da queimadura
Rolou da cama pro chão
Limpou o olho com cuspe
E saiu num tropeção
O bucho roncou de fome
Chegou perto do fogão
A mãe correu em socorro
Povo se aglomerou
Fez-se grande alvoroço
E uma velha gritou:
“Milagre de Padre Ciço,
o Quinco ressuscitou!”
Fizeram fila na porta
Só pra ver o ressurreto
Curar as muitas mazelas
Ter um contato direto
Para tocar seu cabelo
Ao menos olhar de perto
E foi assim por uns dias
Até que arrefeceu
Um outro fato estranho
No Crato aconteceu
E o destemido Quinco
Forte e bonito cresceu.
por: Urbano Marino
Vou contar devagarinho
E dum jeito rebuscado
A história dum menino
Que tava desenganado
Com uma vela na mão
Já cama arriado
O povo na vizinhança
Tinha desacorçoado
Um padre de Juazeiro
Que é cidade ao lado
A alma do pobrezinho
Tinha já encomendado
Era quase sol a pino
De onze horas passava
Moscas sobre o menino
Carcará sobrevoava
Tentando sentir o cheiro
Que ainda não exalava
No leito jaz o menino
Olho era só remela
O tempo se foi passando
Fogo comendo a vela
O breu lhe queimou a palma
A cera no couro péla
Com a dor da queimadura
Rolou da cama pro chão
Limpou o olho com cuspe
E saiu num tropeção
O bucho roncou de fome
Chegou perto do fogão
A mãe correu em socorro
Povo se aglomerou
Fez-se grande alvoroço
E uma velha gritou:
“Milagre de Padre Ciço,
o Quinco ressuscitou!”
Fizeram fila na porta
Só pra ver o ressurreto
Curar as muitas mazelas
Ter um contato direto
Para tocar seu cabelo
Ao menos olhar de perto
E foi assim por uns dias
Até que arrefeceu
Um outro fato estranho
No Crato aconteceu
E o destemido Quinco
Forte e bonito cresceu.
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pai,
sertão,
urbano marino
CHEGUEI CHEGANDO!
ÊH MEU POVO!
Agora eu também tenho um blog! E já cheguei chegando, vice?!
De vez em quando, quando sobrar um tempinho entre um tanque de roupa suja, uma pia cheia de louça e alguma apresentação, eu venho aqui e escrevo algumas palavrinhas pra vocês!
Beijocas cordeladas!
Agora eu também tenho um blog! E já cheguei chegando, vice?!
De vez em quando, quando sobrar um tempinho entre um tanque de roupa suja, uma pia cheia de louça e alguma apresentação, eu venho aqui e escrevo algumas palavrinhas pra vocês!
Beijocas cordeladas!
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